Nada de extraordinário acontece, como sempre a vida se fecha para meus sonhos, ou seria o inverso? Meus sonhos não passam de fantasias irrealizáveis, onde estupidamente me lanço de maneira enfadonha em querer alcançá-los. Ultimamente estou sobrevivendo das mesmices, largado num mundo avesso as minhas atitudes, meus anseios, minhas ilusões. À noite não me atrai mais como outras épocas, às vezes finjo necessidade de companhia, a solidão também entedia, mas logo desisto e volto para meu casulo familiar como um bicho assustado. Tomei aquele gim e as coisas pioraram, recordei das coisas que não possuo mais, da adolescência inconseqüente, como tudo era perfeito, pois, a fortuna, essa deusa cruel e cobiçada, ditava as regras. A juventude vai aos poucos sendo sepultada e o que me espera posteriormente confirma todas minhas desilusões. As velhas correntes ainda me prendem e toda ação torna-se impotente, quando o costume, a repetição de hábitos, se configurou em desejo, em verdade, um vício de...