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Mostrando postagens de maio, 2017

Uma segunda-feira incomum, sol e a hegemonia do dinheiro.

Despertam clarividências! Numa tarde ensolarada de segunda-feira depois de dias de chuva, sentei em meu sofá e resolvi ler algum livro, alguma coisa que fosse rápida, pois em nosso tempo a máxima Time is Money! é mais do que motivação moral, regra de conduta ideal, volição interna. As Instituições livram-nas do esquecimento, o dinheiro é a batida repetitiva dos dias, a ganancia do Rei Midas banalizou-se, e se ver por toda parte. Também sou homem de negócios, mas a preguiça é meu grande pecado capital, distante de possíveis julgamentos, sai à procura de algum livro na estante em meu quarto. Passagem rápida com os olhos, Lima Barreto em destaque prende um olhar ansioso. Livro velho de crônicas escolhidas, abro e as folhas escorregam, parecendo cartas de um baralho velho amarelado, paro a mão por cima delas, página 95, título A Volta . O texto fala sobre Núcleos Coloniais , processos de imigração na região de Minas e do Rio de Janeiro, uma crônica de 1915, 32 dois anos de República, bou

Sobre a morte de Belchior

Dia 30 de abril os principais jornais do país anunciam a morte do cantor e compositor Belchior, uma “ferida viva no meu coração”, isso mesmo, uma ferida repentina, uma angústia, não sei ao certo, me atingiu naquele exato momento. Custei acreditar o poeta tinha nos deixado, “tenho sangrado demais” e mais uma notícia triste selava o primeiro semestre de 2017, num país que cada vez mais ficava pobre, em alma, em voz. “Como uma metrópole o meu coração não pode parar” pensei, vida que segue, o aventureiro cearense tinha nos deixado uma obra imensa para que ainda possamos lembrar de seu nome e imagem. Hoje, se me propus a escrever sobre esse fato, foi simplesmente pelo desejo de deixar “na parede da memória essa lembrança é um quadro que” me dói mais. Belchior é um nome a ser lembrando e descoberto por muito tempo, como um visionário temia um futuro de intolerâncias, de medo e de pequenez humana. “Nada é divino, nada é secreto, nem misterioso” mas continuo a aprender com a vida, talvez foi