Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

O desvelar de um sonho

“Sou ignóbil, ignóbil, ignóbil! Acreditei durante considerável tempo em minha vida, neste asqueroso ser intangível, mortificando-me todos os dias”. Foram essas as malditas palavras que pronunciei ao me ver enfraquecido diante da medonha idéia do ser supremo. Solapado de crendices tradicionais, presenciei minha miséria de espírito e fui capaz de ser covarde face as minhas incertezas. Foi um preciso sonho que me desvelou a inutilidade da existência divina e sua cruel realidade distinta. Ao me deitar depois de um dia cansativo e insípido, fechei meus olhos e dei início a minha prece. Numa seqüência habitual parti do pai nosso, e logo estava empreendido numa reverência súplica à madre pura e superiora mãe de todos os pecadores. O sono veio como um desmaio e o inconsciente ditou as normas do meu organismo. Tudo era escuridão numa imensidão assombrosa, vozes se entrecortavam sendo impossível distinguir palavras, frases, sílabas, eram no mais ruídos incompreensíveis, porém ruídos humanos.