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Mostrando postagens de janeiro, 2010

As Portas da Percepção - Aldous Huxley

Deixo aqui uma dica! Uma obra literária que retrata toda a mística que envolve a mescalina e seu uso atrelado às práticas culturais, religiosas e científicas. Como o próprio título expressa, As portas da percepção , Aldous Huxley, demonstra o eterno conflito entre a vida contemplativa (passiva) e a vida cotidiana (ativa). Como duas realidades distintas e independentes, porém interligadas e submetidas à figura humana. A mescalina apresenta-se como uma suposta chave, capaz de abrir “portas” não convencionais que proporcionam percepções mais intensas, que estão presentes na natureza humana, porém limitadas por questões fisiológicas e psicológicas. Conceitos como tempo e espaço perdem sua relevância, a intensidade e a profundidade das coisas existentes no mundo são bem mais significativas e o sujeito percebe-se como parte de um todo, do qual todas as coisas estão interligadas. Um interessante olhar sobre uma substância capaz de alterar nossa percepção de mundo e existência

Chega! Eis minhas torturas.

O existir descarrega sobre minha mente lamentações. Cambaleando continuo em direção aos guetos humanos, onde seres hepáticos, fragilizados de olhos amarelados, todos ao meu redor constituem o ambiente. Vejo sangue jorrar, sinto o cheiro da carne queimando, vi a esperança humana ser pisoteada como um insignificante verme. Senti prazer com isso. Armas contra a justiça, ojeriza sobre a beleza e um estúpido sorriso no canto da boca. Ensaiei odes à loucura, violei a compaixão como uma virgem indefesa, sem remorsos, nem piedade, magnífica luxúria. Blasfêmias contra os deuses, insegurança contra os homens. A febre veio senti os pulmões ardendo em brasa, o corpo flagelado, os mártires decapitados. Ódio, ira, arrogância, vícios pérfidos e leais ao meu ego. Do tédio fizemos moradia, da vileza hábito contra a perfeição. Crueldade a favor dos fracos, moralistas, povos, desprezíveis e comuns. Sorrateiramente existi diante dos fatos, com um requinte de covardia fechei os olhos, fiz de conta de que n

Da postura estudantil jornalística e suas complacências

Se os jornalistas em si já constituem uma grande parcela da sociedade não pensante, com suas posturas acríticas e comportamentos mercenários, o que dizermos dos futuros jornalistas, ou melhor, dos estudantes de jornalismo? Podemos atribuir um caráter desprezível a tal profissão, pois, depois dos padres, da polícia fascistóide e daqueles que dizem detentores do saber, os professores acadêmicos, não existe hoje no bra$il e principalmente em campina grande ocupação mais inútil. O estudante, esse acéfalo social, que há tempos perdeu o caráter questionador de épocas passadas, sua última expressão digna de registro foi em 1968 na frança quando ainda existiam cabeças pensantes que buscavam se constituírem como indivíduos históricos, conluio de estudantes enraivecidos e questionadores, desde muito tempo vem sendo objeto de manipulação partidária onde políticos se digladiam pelos seus interesses. A “UNE” maior exemplo real de toda essa canalhice, facção reformista dos direitos estudanti