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Mostrando postagens de junho, 2010

Confissões de um solitário vagabundo II

Noite fria e chuvosa nessa cidade estúpida, se já não bastasse o tédio de estar em casa, não há nenhuma bebida, nem mesmo cigarros, nem ao menos um corpo fácil e barato, para um gozo instantâneo seguido de uma repulsa egoísta e necessária. Desejo a violência de uma vida lançada ao risco, intensa, perdida e só minha. Se eu tivesse ao menos uma bebida que me deixasse alto e iludido, é estranho viver de cara nesse mundo. Toda a indiferença preenche meu corpo, certo horror em ser homem, me faz recordar aquele cínico grego “Diógenes de Sínope”, e sua repugnância à civilidade, a corrupta natureza humana que engendra de forma incessante desigualdades. E essa chuva não para, há três dias que ela assola minhas pretensões, premedito e acabo desistindo. Hoje até meus livros, meus únicos e verdadeiros amigos, não me excitam, eu cansei de discursos, de descrições existenciais e de verdades relativas. Mais um dia que se esvai pelo tempo, e propenso estou a desistir de tentar, de buscar ocupar ou

Porque falas sobre o amor?

Tudo no amor.....este sentimento mal compreendido, faz ,ou melhor, brinca com as pessoas sem respeito algum. “Mas em que sentido?” Ele é desrespeitoso, não se submete a fragilidade alguma. “Como estas sendo estúpido!” Num sei...vivi talvez, isto seja o mais importante. Percebi o quanto ainda sou ingênuo, ou seria inexperiente? “Você fala como se o amor fosse algo assim tão real.” Deixemos os substantivos de lado, esse sentimento é voraz, na maioria das vezes é dilacerador, mas confesso novamente que vivi, e ainda estou vivendo tudo o quanto ele me impõe. “Você não passa de um idealista mesquinho”, creio que sim em determinados momentos acredito em minhas paixões, prefiro me ferir com todas elas a me resignar com a solidão. “Há num acredito que estas a dizer isto”, somos benevolentes você não acha? Quando tratamos de sermos felizes? “Não, não acredito nisto, tudo é tão efêmero, vazio, tudo passa quando o desejo não é mais o mesmo do inicio” Prefiro ser usado, prefiro servir como objeto.