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Mostrando postagens de abril, 2011

Confissões de um solitário vagabundo III (Sobre empreitadas determinantes, entre leituras e vivências de um mundo comum)

É tarde já estamos indo, à deriva com os olhos marcando o compasso das sucessões temporais, descubro ou descobrimos, através das relações interpessoais, que construímos como hábitos desde já e possíveis em sua necessidade, um asco inevitável ao trabalho. A pedra rolou de monte abaixo, destroçando o Sísifo moderno como um inseto indefeso e por si só asqueroso, transformando os dias em insuportáveis instantes na órbita do tempo. Costumo definir tal sensação como consciência de ser num mundo estático/posto, em grades imperceptíveis, que assolam anseios e liberdades. A fábrica não mais tão distante, não está mais em lugares à margem do escopo urbano das cidades, ela se integrou aos agentes capitalistas e se tornou factual nas relações. Os manuais acadêmicos vomitam abstrações que acabam sendo abafadas por não trazerem gozo algum em suas leituras, até porque não há necessidade qualquer disto no mundo comercial, e isto se traduz em conformismo sorridente, resignação homogeneizada com felic