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AMAR!

 Amar é estar para além de si próprio em desejo de vida. Em apego pela vida, desejo autêntico em querer viver, viver com o outro, ser em completude, em eterna busca por vida, estar em vida, fazer e sentir a vida. Amor é vida em movimento, encontro e identidade do eu no outro.
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Agosto de 2016

 Como  quem sente a grandeza do presente, busco compreender o quanto ainda é possível,  em mim, o  sentimento de amar. Não estou certo, nem tenho essa pretensão da certeza,  olho o instante e embarco nessa sentença. Eu,  nem sempre descrente, quero tudo de uma só vez. Quero poder embalar com essa rica melodia a dança dos meus pensamentos incertos. Um gesto, um beijo, um abraço e longos cabelos que caem sobre meu rosto. É o tempo que impulsa o despertar, o  desejo antes esquecido e agora me engolindo o corpo inteiro.

Confissões de um vagabundo solitário

Confissões de um vagabundo solitário Faz tempo e como faz, que a vontade de escrever, sempre sem muita pretensão, por mais narcísico que possa parecer, “– um amigo lembrara, de uma noite de um dia péssimo. Meu cão com suspeita de câncer, meu time de futebol mais uma vez perdera para um time baiano”, só sei que na bebedeira me sentei, sozinho a vontade de escrever surgiu, novamente sem tanto porquês. Este lance de solitário, é num sentido ontológico, piegas as vezes, clichê na turma alfabetizada na filosofia europeia. Na lógica aristotélica, da verdade despida. Vixe... dessa vez viajei, queria falar de outra coisa. Do quanto o acaso nos surpreende, seja como for, é sempre um baque, um tapa na cara. E eu me pergunto, o porquê do medo de amar, de abrir o jogo e fazer valer cada momento. Enquanto transformo em palavras, pereço e apodreço um sentimento único, que poucos conseguem agarrar. “- Se liga, no que vou te dizer!”, São 37 anos de insistência, buscando ser o menos cretino possível,

Cogumelos psilocybe cubensis

  Cogumelos psilocybe cubensis e tudo que conhecemos sobre, seus efeitos, a euforia, o se fechar e abrir para dentro. Com a devida atenção, as possibilidades de interpretação da realidade se abre como camadas, aos poucos vão sendo desveladas. As intenções, o afeto que tanto fala Espinosa, o filósofo, tudo está dado, é acessível a experiência nos seus múltiplos sentidos. E diante de tanta perversidade, num planeta que conspira para sua própria destruição, hoje seria apenas mais um domingo, no transcorrer monótono da vida, um final de agosto de 2020, mas os cogumelos, não os completamente venenosos, nem tão pouco os apreciados na gastronomia, foram os psilocybe cubensis um derivado do reino fungi, das 100 mil espécies que me afetaram, e me fez mais atento aos detalhes antes consumidos mecanicamente.

Ode divina ao Deus pútrido.

Um novo Deus parece estar entre lamas, Velhos rituais de fé o conclama. Uma desordem mais que profana, Neste mundo esquálido, prédios, fumaças intoxicantes, Fu megam em nuvens flutuantes o cheiro podre, dos que cederam o corpo para o sacrifício. Deus verme pútrido que tudo corrói, Para além de inúteis mercadorias, condenadas almas sem gozo, uma não vida que já não excita. Um novo Deus assume as rédeas dos continentes, esmaga com sorriso rasteiro, o ultimo lapso de euforia. Deseja leite em tetas pútridas, lanças em corações, paixão violenta. Esmagando crânios inúmeros, num mar de homens errantes, Ave ave todo poderoso e asqueroso Deus, máquina, impulso inconteste da des-razão.

Devaneios

"Dilacerados na incerteza cósmica Invariante, sinuosa e fugaz Para muitos, passa despercebida, por mais vivida A vida é inconstante e concreta Faz do medo a conservação e da felicidade um entorpecente Um fragmento de espaço num medíocre intervalo do tempo Redemoinho das certezas mais incertas."

Uma tarde de quinta-feira, setembro de 2017.

Uma tarde de quinta-feira, uma ensolarada tarde de final de setembro. Alguns baseados, maconha bem seca, suave, “daquele jeito!” Miles Davis, todos vestidos de vermelho, encarnado, Miles Eletric, 1970.