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Confissões de um vagabundo solitário

Confissões de um vagabundo solitário

Faz tempo e como faz, que a vontade de escrever, sempre sem muita pretensão, por mais narcísico que possa parecer, “– um amigo lembrara, de uma noite de um dia péssimo. Meu cão com suspeita de câncer, meu time de futebol mais uma vez perdera para um time baiano”, só sei que na bebedeira me sentei, sozinho a vontade de escrever surgiu, novamente sem tanto porquês. Este lance de solitário, é num sentido ontológico, piegas as vezes, clichê na turma alfabetizada na filosofia europeia. Na lógica aristotélica, da verdade despida. Vixe... dessa vez viajei, queria falar de outra coisa. Do quanto o acaso nos surpreende, seja como for, é sempre um baque, um tapa na cara. E eu me pergunto, o porquê do medo de amar, de abrir o jogo e fazer valer cada momento. Enquanto transformo em palavras, pereço e apodreço um sentimento único, que poucos conseguem agarrar. “- Se liga, no que vou te dizer!”, São 37 anos de insistência, buscando ser o menos cretino possível, egoísta, narcísico, filho da puta possível! São confissões, que surgem do nada. Do simples fato de sozinho estar, cheio de palavra movimento na cabeça, e que só escrevendo pode aliviar seus passos constantes. São dizeres de um vagabundo solitário.


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