Seres flutuantes em cavernas obscuras descobrem o sentido do nada. Presenciam veleidades volitivas, desconexas conspirações entre a humanidade e o cosmo. Reviram-se entre os escombros cerebrais e o declínio humano, como pútridos seres que insistem em viver em suas lúgubres cavernas, cômodos ataúdes. Selvas petrificadas, monstros velozes, hábitos artificiais, corpos moldados e pré-determinados. Matam-se, gozam sadicamente, sensualizam o fracasso e a submissão, no topo de suas violentas relações. Aspiram ao nada, se realizam na ambição, corrompem os ciclos, impõem facciosos dogmas. Pássaros metálicos, ondas cibernéticas, sexos virtuais, vidas digitalizadas, semiótica filológica contemporânea. Felicidades fétidas, num presente sem futuro, perdidos, desolados, inconsolados em suas misérias. Seres de fome antropofágica insaciável, de doenças inumeráveis e lamentações indignas, arrancam da pele o combustível miserável que impulsiona a máquina moderna. Suas cavernas são propriedades tecnolo...
COLETÂNIA DE IDÉIAS