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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Ontologicamente Desraigados

Seres flutuantes em cavernas obscuras descobrem o sentido do nada. Presenciam veleidades volitivas, desconexas conspirações entre a humanidade e o cosmo. Reviram-se entre os escombros cerebrais e o declínio humano, como pútridos seres que insistem em viver em suas lúgubres cavernas, cômodos ataúdes. Selvas petrificadas, monstros velozes, hábitos artificiais, corpos moldados e pré-determinados. Matam-se, gozam sadicamente, sensualizam o fracasso e a submissão, no topo de suas violentas relações. Aspiram ao nada, se realizam na ambição, corrompem os ciclos, impõem facciosos dogmas. Pássaros metálicos, ondas cibernéticas, sexos virtuais, vidas digitalizadas, semiótica filológica contemporânea. Felicidades fétidas, num presente sem futuro, perdidos, desolados, inconsolados em suas misérias. Seres de fome antropofágica insaciável, de doenças inumeráveis e lamentações indignas, arrancam da pele o combustível miserável que impulsiona a máquina moderna. Suas cavernas são propriedades tecnolo

Aos que ousam criar

Sentir o mundo e ousar criar. Por para fora a dimensão imaginativa submetendo-a aos limites da realidade. Um gesto, no mais, um ato pertinente sem qualquer necessidade presente, talvez um impulso, uma intuição sensível, que concerne aos modos de viver e se expressar. Sem características elevadas e/ou hegemônicas, mas, contravenções, formas indiferentes às padronizações e de maneira alguma comum. Rompendo normas, invertendo afirmações, desconstruindo verdades, posturas, relações, sentimentos etc. Um querer dizer basta as ilusões impostas!!!

Confissões de um solitário vagabundo

Hoje acordei com as vísceras para fora, “Ontem devo ter bebido ou comido algo que me fez muito mal”. A ressaca é um sinal de que estamos vivos e de que a vida e tão insuportável quanto. Um filho da puta chamado Bukowski dizia que A alma de um homem está profundamente enraizada em seu estômago , “Velho safado, falava algumas verdades sobre a vida”. Cigarros e álcool parecem que foram feitos um para o outro, sempre quando estou bebendo sinto uma vontade incontentável de fumar. Acredito nisso e sempre ando com cigarros nos bolsos. À noite o mundo e as pessoas perdem suas vergonhas e todos saem às ruas para se envolverem, “Nada particular, mas na noite tudo é permitido”. Gosto de sair e beber, conversar? Só se for frivolidades, pois de que me vale ser sério quando estou bêbado? Existe certa necessidade em se entorpecer, do contrário, estaríamos todos mortos. O tédio mata, as frustrações enlouquecem, família, carro, piscina de plástico, casamento, bichos de estimação, escova de dente,