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Escrita vulgar de um apaixonado

Aqui estou mais uma vez a vomitar palavras carregadas de frustrações e de neuroses, de um homem muitas das vezes aprendiz, grosseiro e romântico. As palavras velam em demasia a realidade vazia e pequena de nossas experiências existenciais. Encher a cara já não adianta muita coisa, drogas em geral servem momentaneamente para afastar o sujeito da sua condição absurda, necessária e louca. Há loucura por toda parte, do meu ser à rua, estamos num transe psicótico, empurrados a lugar algum, que nos mata todos os dias, sempre um pouquinho mais, até estarmos atolados na merda podre e fedida que criamos. Ocasiões, os Rinocerontes se espalham por toda parte, o homem em besta, a destruição do pensamento, a impostura sedenta por sangue do poder. Não me importa reflexões políticas, dos modos coletivos de vida humana, apenas quero sentar e tentar escrever algo sobre minha existência pessoal. A montanha é um mistério e os castelos estão sempre desabando, todos eles sem exceção, por que não existe paz, conforto, liberdade, essas coisas que sempre quando falamos sobre, um brilho no olhar nos aparece, como uma criança ingênua que cai iludida com falsas promessas. Existem crianças mortas em adultos vaidosos e mimados. A vida é sempre descoberta, é isto minha tardia descoberta. O descobrir antes coberto. Os horóscopos as vezes acertam nas apostas que estamos sempre a tentar. Um vício que completa, a nossa maneira, a vidinha que temos que nos habituar. Mais como já disse, a loucura é geral, estão a temer outras loucuras, interessantes e possíveis, basta ligar a Tv, tá tudo lá, todo nosso jeitinho pilantra e covarde de ser. Uma cerveja é sempre boa, depois empapuça, dá vontade de mijar. Deviam proibir o uso de milho em nossas cervejas baratas. Bérenger, seu temor é válido. Há Rinocerontes por toda parte. Vejo répteis também. Mas o amor prevalecerá, até quando não sei, não sou vidente, estou mais para um bêbado que voltou a pouco tempo do oráculo. Hard Times! Ritalina é coisa de bacana. Aquela garota me possuía inteiramente, ela é dona de si, o meu tic-tac batia na sua frequência, até o fim da primavera. Ela tem várias primaveras, quero um dia poder compartilhar outra vez com ela de suas primaveras. O sujeito sentado, diante do computador, ao som de The Baby Huey Story - Living Legend – 1971, fumou dois baseados e inquieto escreve baboseiras, como um menino chorão, a vida não é como mãe dizia. Subterfúgios, medíocre escrita, piegas e safado, safado. Um safado cristo, sofrendo a humanidade egoísta que há em todos nós. Vadiagem, procura-se a melhor delas, amigos poucos, intensos todos. Mais dinheiro estraga, mata rápido, por que é fuga, não há fuga do vazio, por que nada é. Sexo é muito bom, fuderam nosso cérebro, com ele não se fode. Chuva e a serra fica fria e úmida, mês de junho é de colheita, os frutos são variados, mas os mesmos, nem sempre nos damos conta de que tudo é efêmero, por que a liberdade não existe, ela é mudança, ritmo incerto e nem sempre previsível. Ansiedade, é o mal do século, um olho grande e cego. As graminhas, numa relva verde clara, de repente arrancada, pisada, copo sujo, garrafa quebrada, entulho, sim são entulhos nossas esperanças. Mais o amor nos salvará. Ele é o soma da humanidade, o amor é a última carta, a força dos oprimidos, um beijo que para exércitos, esmaga corações ditatoriais. Nosso escape, célula nova que multiplica, amar e amar....... -UFFFFA!!!! PENSEI QUE NÃO IRIA ACABAR, HÁ MUITO AMOR EM TUDO ISSO.

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