Deixo aqui uma dica!
Uma obra literária que retrata toda a mística que envolve a mescalina e seu uso atrelado às práticas culturais, religiosas e científicas. Como o próprio título expressa, As portas da percepção, Aldous Huxley, demonstra o eterno conflito entre a vida contemplativa (passiva) e a vida cotidiana (ativa). Como duas realidades distintas e independentes, porém interligadas e submetidas à figura humana.
A mescalina apresenta-se como uma suposta chave, capaz de abrir “portas” não convencionais que proporcionam percepções mais intensas, que estão presentes na natureza humana, porém limitadas por questões fisiológicas e psicológicas. Conceitos como tempo e espaço perdem sua relevância, a intensidade e a profundidade das coisas existentes no mundo são bem mais significativas e o sujeito percebe-se como parte de um todo, do qual todas as coisas estão interligadas.
Um interessante olhar sobre uma substância capaz de alterar nossa percepção de mundo e existência, ou ainda, um estudo expresso em forma literária acerca de algo tão “condenado” por moralistas hipócritas e acadêmicos cheios de abstrações antiquadas.
“O outro mundo ao qual a mescalina me conduzira não era o mundo das visões; ele existia naquilo que eu podia ver com meus olhos abertos [...]”.
“Em um mundo onde a educação é transmitida principalmente através da palavra, às pessoas de grande instrução torna-se quase impossível dar séria atenção a quaisquer outras coisas que não sejam palavras ou idéias [...]”.
“[...] Os conhecimentos objetivos que nos permitem tomar contato direto com determinados fatos de nossa existência são quase que completamente desprezados [...]”. Aldous Huxley
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