Ao partir deixaste comigo o desengano. Foi dessa forma que senti o peso da nossa relação. Todos os dias quando saio para trabalhar, o mundo e as coisas perdem sua intensidade, mergulho no sonho do cotidiano e me perco nas inconsciências das relações humanas. Ao fim do dia, quando o sol mergulha no horizonte, minha lucidez retorna gradativamente, uma espécie de apercepção sobre a sua falta. Tua ausência me causa certas sensações, que de maneira singular mexe com meu espírito, és incontrolável e estou perdido sem qualquer domínio. Nenhuma palavra exprime esta sensação, não existe nada que a submeta ao comum, cada qual sente do seu modo. Mas, foste tu quem me lançaste nesta realidade, neste vazio sentimental. Uma paixão incompreendida? Talvez. Acredito nessa paixão mal dita, sem compreensão alguma, “Maldita sois vós!” Insulto você em pensamentos, mas não te culpo jamais, porém te informo sem ressentimentos. Foste embora e aqui estou como um cadáver insepulto.
Bom, pra quem gosta de uma boa música aqui vai uma dica que, em minha opinião, despertará a curiosidade acerca deste nome. Minha dica é o cantor, poeta, pintor e compositor Belchior. É isso pessoal, por mais que alguns afirmem que existem “intocáveis” compositores brasileiros, a exemplo de Chico Buarque, Tom Jobim, Vinícius, dentre outros, este cearense despertou minha curiosidade e me fez perceber que a música não tem limites estéticos, e que não existem tais cantores intocáveis. Sem bajulice ou coisa parecida, aqui escrevo sobre este figura por sentir e perceber a um bom tempo a qualidade de suas composições. A diversidade presente em sua obra é marcante e os ritmos se confundem numa salada de poesia, filosofia e estilos musicais. Inúmeras são as músicas que há tempo são apreciadas pelo gosto popular: “Apenas um rapaz latino-americano, Medo de avião, Fotografia 3x4 e Tudo sujo de batom”, são exemplos que já se tornaram banais. Sua originalidade estética não se resume apenas a es...
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