
Ao partir deixaste comigo o desengano. Foi dessa forma que senti o peso da nossa relação. Todos os dias quando saio para trabalhar, o mundo e as coisas perdem sua intensidade, mergulho no sonho do cotidiano e me perco nas inconsciências das relações humanas. Ao fim do dia, quando o sol mergulha no horizonte, minha lucidez retorna gradativamente, uma espécie de apercepção sobre a sua falta. Tua ausência me causa certas sensações, que de maneira singular mexe com meu espírito, és incontrolável e estou perdido sem qualquer domínio. Nenhuma palavra exprime esta sensação, não existe nada que a submeta ao comum, cada qual sente do seu modo. Mas, foste tu quem me lançaste nesta realidade, neste vazio sentimental. Uma paixão incompreendida? Talvez. Acredito nessa paixão mal dita, sem compreensão alguma, “Maldita sois vós!” Insulto você em pensamentos, mas não te culpo jamais, porém te informo sem ressentimentos. Foste embora e aqui estou como um cadáver insepulto.
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